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Banco Central abandona de blockchain no Drex

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O Banco Central do Brasil anunciou que lançará o Drex, sua moeda digital oficial, sem uso de blockchain na próxima fase do projeto. O Valor Econômico revelou a decisão durante o Blockchain Rio. A mudança marca uma guinada estratégica em relação ao plano inicial, que adotaria tecnologias de registro distribuído (DLT).

A nova etapa, prevista para 2026, oferecerá uma versão mais simples e sem tokenização, abandonando temporariamente a rede descentralizada. Clarissa Souza, auditora do Banco Central, antecipou a informação em uma apresentação no evento. Durante a abertura, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, deixou escapar a dúvida sobre o uso do termo “DLT” para se referir à infraestrutura do Drex, reforçando a mudança de rota.

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Enquanto isso, Fabio Araujo, coordenador do Drex no Banco Central, explicou que a iniciativa seguirá dois horizontes. O primeiro busca uma entrega rápida e funcional, mesmo sem blockchain. Já o segundo pretende desenvolver soluções mais avançadas, que poderão incluir tecnologias descentralizadas no futuro.

Assim, o foco imediato será resolver a reconciliação de ativos usados como garantia de crédito, um problema comum no sistema financeiro atual.

Hoje, quando um ativo está registrado em uma corretora, utilizá-lo como garantia em operações de crédito é complexo. Com o Drex, mesmo sem DLT, a ideia é integrar sistemas diferentes e permitir comunicação em tempo real entre instituições financeiras. Isso deve facilitar a comprovação de propriedade e garantir segurança jurídica em empréstimos lastreados em ativos.

Drex desiste de blockchain

Drex desiste de blockchain
Imagem: CriptoFacil

Inicialmente, o Banco Central planejava usar a Hyperledger Besu, uma DLT permissionada compatível com Ethereum. Porém, questões de privacidade inviabilizaram o plano. Foram testadas seis ferramentas, mas nenhuma atendeu aos requisitos técnicos da autoridade monetária. Araujo destacou que as soluções existentes são boas, mas ainda precisam evoluir para suportar um sistema financeiro nacional com segurança total.

Embora o Banco Central ainda não tenha revelado a nova tecnologia para a próxima fase, as empresas participantes dos testes buscam compreender o impacto da mudança. Para Marcos Viriato, CEO da Parfin, a solução final pode integrar elementos já existentes, como a infraestrutura do Pix, criando uma convergência entre sistemas digitais no país.

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Assim como o Pix, que recebeu novas funcionalidades ao longo do tempo, o Drex deverá seguir uma agenda evolutiva. Mesmo sem blockchain no início, o Banco Central e parceiros continuam comprometidos com a digitalização do sistema financeiro. João Aragão, do Banco Inter, lembrou que o banco já tokenizou soja e testou interoperabilidade com trade finance, e seguirá investindo em ativos digitais.

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