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Emissora da cripto mais negociada do mundo foca na mineração de ouro

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A Tether, empresa emissora da USDT – a maior stablecoin lastreada em dólar do mundo – está diversificando agressivamente seus investimentos bilionários e mirando um setor surpreendente: a mineração de ouro. A movimentação estratégica, confirmada por fontes familiarizadas com as discussões, representa uma ponte audaciosa entre o universo das criptomoedas e o tradicional mercado de commodities.

Tether
Tether quer minerar ouro. Fonte: Financial Times

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De acordo com uma reportagem do Financial Times, a companhia tem mantido conversas com diversos grupos de mineração e investimento para canalizar recursos para toda a cadeia de suprimentos do metal precioso. Os planos incluem investimentos diretos em mineração, refino, trading e, principalmente, em empresas de royalties (companhias que financiam operações de mineração em troca de uma porcentagem das receitas futuras).

O interesse da Tether pelo ouro é filosófico e estratégico. Paolo Ardoino, CEO da empresa, já se referiu publicamente ao metal como “Bitcoin natural”. Em um discurso em maio, ele inverteu a narrativa comum:

“Prefiro pensar em termos de Bitcoin; acho que o ouro é nossa fonte da natureza.”

Para Ardoino, o metal amarelo é um ativo de refúgio complementar ao Bitcoin, uma proteção contra a inflação e a instabilidade das moedas fiduciárias.

Mineração de ouro

O timing do movimento não é aleatório. O ouro acaba de atingir um patamar histórico, superando US$ 3,550 por onça, com seu valor quase dobrando nos últimos dois anos. Essa valorização, alimentada por incertezas geopolíticas, ressoa com a busca por segurança que também atrai muitos investidores para as criptomoedas.

Apesar da lógica financeira, a incursão da Tether foi recebida com ceticismo pelo conservador setor de mineração. Um executivo do ramo resumiu o choque cultural ao descrever a empresa de cripto como “a mais estranha com a qual já lidou”.

Mas a Tether vai além das conversas. Ela já possui uma exposição substancial ao ativo, com um montante de US$ 8,7 bilhões em barras de ouro armazenadas em um cofre em Zurique, que servem como parte das reservas que lastreiam sua stablecoin.

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Além disso, a empresa já deu passos concretos: em junho, investiu US$ 89,2 milhões para adquirir uma participação minoritária na Elemental Altus. Recentemente, injetou mais US$ 100 milhões na empresa de royalties listada publicamente no Canadá.

A empresa também é emissora do Tether Gold (XAUT), um token onde cada unidade equivale a uma onça troy de ouro físico armazenado. Embora sua capitalização de mercado de US$ 880 milhões seja modesta perto dos US$ 168 bilhões da USDT, o produto reforça a visão de dar atenção parar o Bitcoin da natureza.

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