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Justiça prende auditores para evitar que R$ 200 milhões em criptomoedas sumam

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) acionou o alerta máximo em um dos maiores escândalos de corrupção recentes do estado: o risco de que uma fortuna milionária em criptomoedas, ligada a um esquema de fraude tributária, desapareça.

O temor levou os promotores a pedirem a prisão preventiva de auditores fiscais para evitar que os valores, obtidos ilegalmente, fossem dissipados.

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A Operação Ícaro investiga um esquema sofisticado no qual auditores da Secretaria da Fazenda (Sefaz-SP) supostamente recebem propinas para manipular e adiantar créditos de ICMS-ST para grandes empresas, como Ultrafarma e Fast Shop.

No centro das investigações está o auditor Artur Gomes da Silva Neto, acusado de ser o operador principal e de ter recebido cerca de R$ 1 bilhão em subornos desde 2021. De acordo com as investigações, Neto contou com o auxílio do auditor Marcelo de Almeida Gouveia parar realizar os crimes. Ambos estão entre os seis presos no último dia 13, quando a operação foi deflagrada.

Milhões presos em criptomoedas

Agora, os advogados solicitam que ambos respondam o processo em liberdade. Entretanto, as autoridades estão preocupadas com uma quantia milionária de criptomoedas não identificadas que podem estar sob posse e controle dos investigados.

Os investigadores encontraram no local R$ 330 mil em espécie e US$ 10 mil, mas a investigação sustenta que os investigados esconderam os valores mais vultuosos no universo cripto. Os promotores destacam que a aquisição desses ativos foi uma estratégia deliberada para ocultar a origem ilegal do dinheiro e proteger a fortuna dos investigados.

Segundo a Metrópole, foi identificado que os investigados converteram uma parte significativa dos ganhos ilícitos em criptomoedas, um ativo digital de difícil rastreamento e recuperação. A suspeita surgiu quando Marcelo Gouveia, durante uma busca e apreensão, recusou-se a fornecer as chaves de acesso a uma de suas carteiras digitais.

A situação se repete com o principal alvo, Artur Neto. A fortuna digital estaria ligada à sua mãe, Kimio Mizukami da Silva. Documentos do inquérito apontam que a empresa dela, a Smart Tax Consultoria, canalizou parte de sua distribuição de lucros – que teriam origem no esquema – para a compra de 287 Bitcoins e 1.774 ETH.

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Esse montante, que na época somava cerca de R$ 40 milhões, vale hoje aproximadamente R$ 200 milhões. Não por acaso, o patrimônio declarado pela mãe de Artur explodiu de R$ 411 mil para incríveis R$ 2 bilhões em apenas dois anos.

Dessa forma, o MPSP utilizou o fato para fundamentar o pedido de prisão preventiva dos investigados. Segundo o órgão, a prisão preventiva é essencial não apenas para evitar fuga, mas para garantir a recuperação desses valores desviados dos cofres públicos.

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