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Stablecoins do Real disparam e chegam a R$ 5 bilhões em volume

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O relatório “The Money Layer: LATAM Crypto 2025”, da Dune Analytics, posiciona o Brasil não como um simples participante, mas como um líder inovador no cenário cripto. A estrela nacional dessa transformação não é o Bitcoin, mas a adoção massiva de stablecoins atreladas ao Real. Os dados indicam que elas estão rapidamente se tornando a base de uma nova infraestrutura financeira digital para o país.

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Uso de stablecoins em real está em ascenção. Fonte: Dune

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Os números do relatório revelam uma trajetória de crescimento extraordinário. O volume de transações, que girava em torno de R$ 110 milhões em 2021, explodiu para cerca de R$ 5 bilhões. Esse movimento é impulsionado por uma base de usuários que se expandiu de menos de 800 remetentes únicos em 2021 para mais de 90 mil em 2025.

Diversidade brasileira

Ao contrário do mercado global, concentrado em poucos emissores (Tether e Circle, basicamente), o ecossistema brasileiro é caracterizado por uma diversificação robusta. O relatório identificou que, em junho de 2025, cinco stablecoins distintas de Real transacionavam ativamente, sinalizando um amadurecimento do mercado.

A BRZ, emitida pela Transfero – uma empresa brasileira de soluções financeiras que fornece infraestrutura blockchain para bancos e fintechs – foi uma das pioneiras. O cREAL, emitido nativamente na blockchain Celo, trouxe uma abordagem mobile-first e de integração com o ecossistema DeFi.

A BRLA, da BRLA Digital (parceira da Avenia), se concentrou em construir pontes regulatórias compliant entre o real fiduciário e o cripto. O BRL1, iniciativa de um consórcio que inclui gigantes como Mercado Bitcoin, Bitso e Foxbit, tem como ambição estabelecer um padrão para toda a indústria. Por fim, o BBRL, do Grupo Braza, posiciona-se como opção para comércio e pagamentos regionais.

Polygon na preferência brasileira

Um outro dado fundamental trazido pelo relatório da Dune é que essas stablecoins brasileiras operam majoritariamente em blockchains alternativas como Polygon e Celo. As redes oferecem custos baixíssimos e alta velocidade, características essenciais para pagamentos do dia a dia. O Polygon se consolidou como o principal corredor, registrando um volume recorde de R$ 500 milhões apenas em julho de 2025.

Assim, ao contrário do que defendem muitos críticos do setor no Brasil, o relatório é enfático ao afirmar que este crescimento astronômico é impulsionado por casos de uso práticos e de alto valor, e não pela especulação.

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As stablecoins do Real tornaram-se infraestrutura essencial para pagamentos B2B, onde empresas pagam fornecedores no exterior e liquidam localmente em Reais via Pix, contornando a burocracia e os custos elevados do câmbio tradicional.

Elas também são a espinha dorsal do nascente ecossistema de ativos tokenizados do Brasil, permitindo liquidações on-chain sem custódia bancária. Na nova economia e entre as PMEs, são ferramentas vitais para pagamentos, proteção de capital e hedge contra a volatilidade.

Com uma circulação total ainda considerada inicial, de aproximadamente US$ 23 milhões, os dados apresentados pelo relatório da Dune deixam claro que o fenômeno das stablecoins brasileiras está apenas no começo. Dessa forma, o Brasil está, de forma pragmática e irreversível, construindo a sua própria ponte eficiente entre a robustez do Pix e a fronteira da inovação do mundo digital.

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