
No Blockchain Rio 2025, o Méliuz defendeu o Bitcoin como pilar do futuro da reserva de empresas. O responsável pela estratégia da empresa deixou claro: todas as empresas, em breve, terão Bitcoin.
Diego Kolling, head de Estratégia Bitcoin do Méliuz, subiu ao palco para apresentar uma visão ousada. Ele comparou o avanço do Bitcoin ao início da internet, destacando como empresas “de internet” viraram simplesmente empresas. Agora, todas são digitais. No futuro, segundo ele, todas serão empresas com Bitcoin.
Durante o painel “Inovações no Bitcoin: Indo Além da Moeda”, Kolling explicou que o Bitcoin está consertando o dinheiro. Para ele, as chamadas Bitcoin Treasury Companies surgem como resposta natural às falhas do sistema financeiro tradicional.
Adoção institucional do Bitcoin é irreversível, disse ele. Nesse cenário, o Méliuz se destaca como pioneiro no Brasil. Além disso, a empresa foi a primeira a adotar uma estratégia direta de acumulação de BTC, usando instrumentos como ações e títulos de dívida.
Lucas Ferreira, da Lightning Labs, acrescentou que essas empresas usam o Bitcoin como unidade de conta, superando a lógica de ativo especulativo. A missão delas, segundo ele, é clara: aumentar o total de Bitcoin por ação ao longo do tempo.
Essa expansão ocorre quando uma empresa vende ações a um preço superior ao valor contábil de suas reservas em BTC. Dessa forma, com o capital arrecadado, compram mais Bitcoin, elevando o número de BTC por ação. Na prática, o mercado recompensa a gestão eficiente com mais liquidez e valor.

Reserva estratégica de Bitcoin
A estratégia do Méliuz aposta no crescimento do Bitcoin como reserva de valor. Kolling acredita que o BTC deve capturar uma parcela crescente do mercado global, hoje dominado por ativos como ouro e títulos soberanos.
Mesmo com o otimismo, Kolling reconhece que nem todos querem ou sabem comprar Bitcoin diretamente. Por isso, o Méliuz oferece alternativas acessíveis. Para os conservadores, a empresa trabalha em produtos de renda fixa lastreados em Bitcoin.
Já para investidores mais arrojados, as ações do Méliuz funcionam como veículo alavancado.
“Para bater o Bitcoin, só com mais Bitcoin,” destacou Kolling.
A frase resume o posicionamento da empresa.
Atualmente, o Méliuz detém 595,7 BTC em caixa, comprados a um preço médio de US$ 102.703. Com isso, cada ação da empresa representa cerca de R$ 0,58 em Bitcoin, mas o mercado paga R$ 1,00, um prêmio de 71%.
Esse mNAV de 1,71 indica confiança na capacidade da empresa de multiplicar suas reservas. Desde que comprou Bitcoin pela primeira vez, as ações da companhia já subiram mais de 100%.
Assim, na visão do Méliuz, essa é só a largada. Se depender de Kolling, em breve Bitcoin estará em todos os balanços corporativos do planeta.
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